sexta-feira, 29 de abril de 2011

EM BUSCA DOS PODERES!

Quando eu era mais criança que hoje eu queria ser igual o Super-Homem. Alguns anos depois descobri que ele era um E.T. e usava a cueca em cima da calça. Desencantei. É fácil para um não humano fazer o que ele faz. Mesmo assim, tentei voar como ele. Quebrei um dente na janela e resolvi mudar de herói. Conheci o Batman. Ele não tinha super-poderes, mas mesmo assim era um super-herói. Gostei da vida de superação. E ser herói já é muito, para que ser super? No fundo, todos nós queremos salvar o mundo (não é só a Madonna), enquanto não conseguimos nem nos salvar. Pretensiosos, bondosos e estúpidos candidatos a heróis somos nós. Pedia todos os dias para ser como o Batman e salvar o mundo do mal. Fui crescendo e deixei de querer ser herói. Me contentei com querer alguém que me salve. Deus salve a Rainha, Batman salve a Gothan e quem vai me salvar? Como eu vou me salvar de mim? Não há cinto-de-utilidades, capa ou máscara que alivie as dúvidas e dores de se viver. Nunca encontrei o Batman, mas descobri que o mundo está lotado de pessoas que também usam máscaras. Máscaras para tirar um pouco da cor do mundo, para destruí-lo e não salvá-lo. Vilões que com palavras cortam mais que a faca do Coringa. Se meu pranto, meu grito e minha esperança é algum tipo de Bat-Sinal, anda logo Batman, antes que eu descubra que os heróis também são mais uma das ilusões que inventamos para acreditar em dias um pouco melhores que os de hoje. 
"Temos apenas de seguir a trilha do herói, e lá, onde temíamos encontrar algo abominável, encontramos um Deus. E lá, onde esperávamos matar alguém, mataremos a nós mesmos. Onde imaginávamos viajar para longe, iremos ter o centro da nossa própria existência. E lá onde pensávamos estar sós, estaremos na companhia do mundo todo”
(Joseph Campbell)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Aprendi com a primavera a me deixar cortar. E a voltar sempre inteira.

"Era primavera e ela queria palavras só dela, para chamar de dela, para ser só dela, como aquele amor que ela pinta em tinta velha, esperando secar, com o raio de sol vindo pela janela. Na primavera, só ela, completa mais uma outra primavera. Faz mais um ano só dela, mais um ano de vida, dessa vida vivida, essa que é só dela. De presente queria um amor que a amasse, quando mudassem as estações e sem mudar de estação. Um amor sintonizado na frequência certa da estação do tempo dela. Ela cansou de amor de ar-condicionado, quer um amor de verdade, quer sentir frio, quer sentir calor, quer que seja de graça, sem precisar de manutenção. Quer um amor sob a condição de ser sincero até o fim. No lugar do amor, outro no outono, ela não quer, pois só com o amor dela tudo fica quente, como em um inverno com par. Mas se ela ainda não viu, eles verão, aquele amor dela, puro e eterno como também queria a velha prima Vera. Um amor só dela. Ela que plantou, regou, cuidou da sementinha, pondo nela todo o amor que ela tinha. Ela agora espera a flor, pois é chegada a primavera. Tudo então floresce, em um sentimento que não desabrocha, não se afrouxa. Aquele amor dela, pequeno e puro como um botão, agora há de se abrir. E quando cada pétala se abrir, se abrirá também a felicidade dela, a vida dela, o amor dela. Nessa estação em que os pássaros cantam, as flores cantam e o amor também canta, ela se encanta, com a promessa de enfim colher aos frutos. Ela não quer um mar de rosas, ela só aceita se for um oceano. Um oceano de rosas vermelhas, brancas, amarelas, rosáceas, com as cores que nunca se pintou. Tudo agora faz sentido, nada mais do que passou importa. Ela esquece o frio de um verão que não veio, suja as florestas limpas das folhas de um outono que não caiu, deixa de lado a inquietação aquecida, só por ela sentida, naquele inverno em que não ventou, não nevou. Agora é primavera. É ela quem faz primavera. E a vida, a estação e a alegria é só dela. Mesmo que não seja, ela sorri singela: é chegada a primavera!" 

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O copo de café...

... em verbos, substantivos, adjetivos, numeral e artigos indefinidos! Tudo isso no meu dicionário de verdades e mentiras. E eu que nunca fui de me definir, resolvi me limitar. Colocando palavras novas, jogando fora os velhos rascunhos dobrados na gaveta empoeirada. A vida é uma caixa de surpresas, e eu que nunca quis ser previsível, acho que é bem mais difícil do que eu imaginava, a vida pode não ser nada mais do que o nada. Alguns dizem que sou louca demais, outros dizem que sou amável demais, eu não me importo com os demais, o que eu quero é o mais. O riso é gostoso, o café quente, quem está lá fora, bate na porta, quem sabe pode entrar.

terça-feira, 26 de abril de 2011

UM MEIO OU UMA DESCULPA?

Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados. Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina. A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores, pois... Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO.
Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA. Certo ?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A MULHER CONSEGUE MUDAR O HOMEM?

Queremos mudar nossa vida, mudar o comportamento do chefe, do pai, da mãe, do filho, do governo e até do vizinho. Enquanto você viver somente para mudar seu homem jamais terá resultados positivos. Na verdade, a pessoa só muda de comportamento se quiser. A cada atitude feminina o homem responde com um determinado tipo de comportamento. O homem tende a resistir a qualquer tentativa forçada de mudança. No começo, pode até mudar, mas não será uma mudança natural. A gente pensa que a mudança vem de fora para dentro, mas vem de dentro para fora. Não olhamos para o nosso interior. A maturidade é também a aceitação das diferenças alheias de caráter e temperamento. O convívio a dois é difícil por conta da diversidade de temperamento. Criticar os defeitos é mais fácil do que elogiar e aprovar as qualidades do seu homem. Por que vivemos com esse olhar capenga? Um olhar que observa mais os defeitos do que as virtudes. Olhe para você mesma! Aprove e admire também suas qualidades. Comece a mudança dentro de você. O casal maduro sabe aceitar as diferenças de comportamento e temperamento. O homem e a mulher são diferentes, mas se completam. A mulher geralmente é mais sensível e o homem é mais objetivo. A mulher pode fazer muitas coisas ao mesmo tempo. O homem, geralmente, centra sua atenção numa atividade de cada vez. Porém no meu caso, é meio que o contrário. Se você quiser mudanças do seu homem pare com a tentativa de mudá-lo. A resposta será sempre o contrário do que você quer. Aceite logo! Dizem que os homens gostam de mulheres firmes e, as mulheres, de homens românticos. A firmeza na mulher denota um caráter seguro e confiante. Atrai um comportamento mais assertivo do companheiro. É mais fácil amar quando se admira a pessoa amada. Homens românticos tendem a obter respostas mais carinhosas da mulher. O relacionamento maduro é uma troca muito gostosa de carinho, respeito e compreensão. Se você acha que está investindo no relacionamento e o companheiro continua egoísta e distante não tente mudá-lo. Ele que se mude! Acredite, isso não é papo para psicóloga, é apenas uma outra maneira de ver.

sexta-feira, 15 de abril de 2011


Você já sentiu uma sensação que tem alguém te observando?
Você já sentiu a sensação que tem alguém te observando?

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vida que se renova a cada dia. Cada semana, cada cada. Ao limiar de uma fração de segundo a vida muda. A história das personagens muda ao limiar de uma fração de segundo, um olhar lançado em profundidade, embora o caminhão de lixo passe sempre à mesma hora. Não é superficial, nem é perfeito, mas é inegável que a sincronicidade dos acontecimentos altera o caminhar de cada madrugada, varrendo os dias e os ventos da tarde.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

CARTA A DOIS


Na dúvida, permaneça em silêncio.
Alice no País das Maravilhas
Então escrevo esse esboço em um pedaço de papel qualquer, imaginando estar no inferno ou no céu, mal me quer bem, bem mal me quer, tanto faz se quando olho pro infinito eu não te vejo, procuro olhar bem mais além, os infernos são os outros ontem eu me alimentei mal, hoje eu vivo de bem, com a vida, então pego minha xícara de café quente, deixo algumas palavras fluírem, de dentro de mim elas insistem pela vida ou por existirem, saem então do coração, fazendo brotar um novo tempo, minhas palavras que voam pelo vento e alcançam o infinito, quando penso em seu sorriso meu mundo fica  bonito. Fecho os olhos por um instante, eu nunca fui de ficar em estantes, intacto e a sorte de poeira e olhares vazios, sabe o céu la fora está mais pra azul anil. Vou sair pra respirar o mundo ou ser esmagado pela vitória dos meus inimigos, vou deixar o vento balançar meus cabelos, brilhar da cor do sol, meninos sujos, mas felizes jogam futebol, meninas brincam de ser mulher, carregando pequenos herdeiros de plástico em seus braços, por um momento me sinto que faltou espaço, serviço completo na manhã, café da manhã em paz, sem gosto de vietnã. Olho no relógio, sabe quando o dia não passa, sem você eu acho que vai demorar pro hoje virar amanhã. Talvez eu não saiba mesmo viver sem você, o pão não seja tão bom assim sem mel, é que eu teimo em olhar as pequenas estrelas, lembrando daquele dia em que as gotas caíram do céu, fazendo brotar amor no chão. A beleza das velas iluminam uma noite de poesia, o que faz a minha alegria é a sua simpatia e o teu encanto e para o meu espanto a minha graça também te satisfaz, isso me faz respirar os mais altos ares, sem sair do chão conhecer vários lugares, imensos e intensos e o que me acompanha? O aroma do lenço que você me deu na estação, além de um beijo no rosto e um sinal de amor no coração. E eu que nunca fui de deixar nada pra trás, te levo no peito e não deixo jamais. O teu riso, o sorriso, o liso toque das tuas mãos nas minhas, são lembranças que eu teimo em não esquecer, são momentos bons que eu revivo todos os dias com você. E foi escrito nas estrelas, passado pro papel, gravado no anel. E o continua guarda belas reticências pra você, ponto final não existe mais pra mim...

EXISTIR...


"O suicídio é uma desforra, e este é o seu lado fascinante. Mas o suicídio contém a morte, e este é o seu defeito irreparável. Nunca morrer hoje, quando se pode morrer amanhã... ou daqui a cem anos. Há muito o que ver e sentir, há muito o que amar! Em mim e em meus semelhantes mais intranqüilos haverá, um dia, aquela manhã clara e azul, e, com os olhos da alma sossegada, veremos toda a beleza da rosa, toda a luz do lago duro e prisioneiro, o sopro da manhã cheia de pássaros, o convite do amor no ser que passa. (...) Viva, sem a nervosia de procurar-se a si mesma, porque cada um de nós é um perdido, um ilustre perdido na humanidade vária e numerosa."

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Então, é como começo sem fim,

gabrielcezar:

A sinceridade é a corda que puxa a confiança.
"Dizem que quando você abraça alguém de olhos fechados  é porque essa pessoa é muito especial para você, e eu como não aceito o explicável, criei minha própria teoria: se você fecha os olhos é porque você confia o suficiente para fechar os olhos e esquecer um pouco do mundo em sua volta." 
Faço assim, pois gosto de sentir as coisas, não me contento em apenas ver e nada fazer. Penso assim, pois tenho esperança, meu coração é como papel, escrevendo linha à linha, no seu tempo. Ajo assim, pois confio cegamente que as coisas podem melhorar, as pessoas podem mudar. Sinto, sim e guardo pra mim. Se chorar é porque o coração transbordou e não coube mais lágrimas guardadas dentro da alma. E no fim, acabo rindo das lágrimas, secando, fingindo não ter acontecido nada. E nada acontece, tudo floresce, tudo se transforma. Hoje esse texto não irá ganhar ponto final, deixo pra você uma vírgula e nada mais ,

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A CONFUSA LIBERDADE DE FAZER ESCOLHAS


Antes de começar a ler esse texto, pare e pense "o que te motivou a começar a lê-lo?". Realmente você deve ter seus motivos e que certamente eu desconheço. Mais uma coisa é fato, foi uma escolha feita por você. Desde que nascemos nossa vida toda é motivada por escolhas, escolhas que acreditamos estar certas, pelo menos naquele momento. Na verdade o que quero dizer é que somos livres para fazer estas escolhas e que sem elas a vida seria impossível. Você pode argumentar que está lendo esse artigo porque foi "obrigado" pela sua esposa, pois ela acredita que seria util pra você. Ou ainda, que esteja lendo uma vez que não tem nada melhor para fazer. Mas posso afirmar que mesmo nesses dois exemplos você foi livre para escolher. Vejamos o porquê. Ser "obrigado" é algo que acontece muito ao longo de nossa vida, desde cedo. Desta forma, ser "obrigado" a ler este artigo também partiu de uma escolha sua. Você poderia assumir que não gostaria de ler, mesmo havendo insistência por parte de sua esposa. E o mesmo vale para estar lendo por não ter nada melhor para fazer, pois o simples fato de "fazer nada" também é fazer, e também parte de sua escolha. Certo, somos livres para nossas escolhas. Trabalhar é uma escolha, mas você não pode culpar ninguém por não ter dinheiro. Pois a liberdade também trás responsabilidades. Quando seus pais te obrigavam a determinada coisa, eles sabiam que você era uma escolha deles e que tinham responsabilidade para que essa escolha desse "certo". Se você escolheu chegar até esse ultimo trecho do texto, espero que os trechos anteriores tenham feito você refletir ou pensar um pouco. Afinal, eu tinha que escrever esse texto e foi minha escolha abordar esse tema. No mais, parabéns por sua liberdade em fazer escolhas para sua vida. Fique bem!

terça-feira, 5 de abril de 2011

FALANDO SOBRE O AMOR

"Procure me amar quando eu menos merecer, porque é quando eu mais preciso."
Falamos à beça de amor. Apesar das nossas singularidades, temos pelo menos esse desejo em comum: queremos amar e ser amados. Amados, de preferência, com o requinte da incondicionalidade. Na celebração das nossas conquistas e na constatação dos nossos fracassos. No apogeu do nosso vigor e no tempo do nosso abatimento. No momento da nossa alegria e no alvorecer da nossa dor. Na prática das nossas virtudes e no embaraço das nossas falhas. Mas não é preciso viver muito para percebermos nos nossos gestos e nos alheios que não é assim que costuma acontecer. Temos facilidade para amar o outro nos seus tempos de harmonia. Quando realiza. Quando progride. Quando sua vida está organizada e seu coração está contente. Quando não há inabilidade alguma na nossa relação. Quando ele não nos desconcerta. Quando não denuncia a nossa própria limitação. A nossa própria confusão. A nossa própria dor. Fácil amar o outro aparentemente pronto. Aparentemente inteiro. Aparentemente estável. Que quando sofre não faz ruído algum. Fácil amar aqueles que parecem ter criado, ao longo da vida, um tipo de máscara que lhes permite ter a mesma cara quando o time ganha e quando o cachorro morre. Fácil amar quando somos ouvidos mais do que nos permitimos ouvir. Fácil amar aqueles que vivem noites terríveis, mas na manhã seguinte se apresentam sem olheiras, a maquiagem perfeita, a barba atualizada. É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. Nos cafés, após o cinema, quando se pode filosofar sobre o enredo e as personagens com fluência, um bom cappuccino e pão de queijo quentinho. Nos corredores dos shoppings, quando se divide os novos sonhos de consumo, imediato ou futuro. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nos encontros erotizados, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando. Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. E fala o tempo todo do seu drama com a mesma mágoa. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando até a própria alma parece haver se retirado. Difícil é amar quando já não encontramos motivos que justifiquem o nosso amor, acostumados que estamos a achar que o amor precisa estar sempre acompanhado de explicação. Difícil amar quando parece existir somente apesar de. Quando a dor do outro é tão intensa que a gente não sabe o que fazer para ajudar. Quando a sombra se revela e a noite se apresenta muito longa. Quando o frio é tão medonho que nem os prazeres mais legítimos oferecem algum calor. Quando ele parece ter desistido principalmente dele próprio. Difícil é amar quando o outro nos inquieta. Quando os seus medos denunciam os nossos e põem em risco o propósito que muitas vezes alimentamos de não demonstrar fragilidade. Quando a exibição das suas dores expõe, de alguma forma, também as nossas, as conhecidas e as anônimas. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, para caminhar ao seu encontro. Difícil é amar quando o outro repete o filme incontáveis vezes e a gente não aguenta mais a trilha sonora. Quando se enreda nos vícios da forma mais grosseira e caminha pela vida como uma estrela doída que ignora o próprio brilho. Quando se tranca na própria tristeza com o aparente conforto de quem passa um feriadão à beira-mar. Quando sua autoestima chega a um nível tão lastimável que, com sutileza ou não, afasta as pessoas que acreditam nele. Quando parece que nós também estamos incluídos nesse grupo. Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja o tempo em que o outro mais precise se sentir amado. Para entender, basta abrirmos os olhos para dentro e lembrar das fases em que, por mais que quiséssemos, também não conseguíamos nos amar. A empatia pode ser uma grande aliada do amor.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A REAL

Sinceramente dei o start na minha vida. Segunda geração. Foi sofrido admitir. Estive tão perdida, com um sentimento bobo de querer não mudar o mundo. Estive me sentindo completamente sem chão para dar um pouco de orgulho da nossa capacidade. Fora outros conflitos maiores, além das nossas forças. sem chão para apoiar-me. Quis agredir como se me fosse direito apontar o dedo a alguém seja quem seja. Sei que magoei muitas pessoas e elas ainda continuam magoadas. Pela primeira e pela ultima vez. Mas isso foi antes do start, antes da chocadeira elétrica, antes do renascimento que estou vivendo. Sem menor vergonha e com a maior dignidade de saber o meu valor, saber quem eu sou. Agora sim, o que me motiva é mais do que nunca eu mesma, amo-me para que o copo faça transbordar, ao próximo. Pode não acreditar, mas eu não corro em busca de um troféu. Não seria justo com o troféu nem eu ficaria feliz. Uma simples romântica? Posso não dominar o espanhol, posso ser passional mas não sou burra, definindo minha vida. Não preciso definir minha vida para cumprir minha missão como mulher. Corro para transbordar o copo, ainda não aconteceu, mas quando isso acontecer, quem sabe minhas idéias já seram outras? Busco insistentemente estar bem comigo mesma. A cada dia, todo dia. Paz em tudo, tudo em paz... Moça feliz.