terça-feira, 1 de julho de 2014


Ontem: dia comum...
Hoje: dia comum? Não, hoje tocou duas vezes minha música preferida. Enquanto ela tocava eu me lembrava de todos os momentos bons em que ela foi melodia principal. Lembrei de todos os erros que cometi, que continuo cometendo todos os dias. Lembrei das tardes de domingo batendo papo com minha melhor amiga no muro de casa, amiga que hoje em dia nem colega é, o tempo nos afastou. Me bateu um remorso pelo abandono dos meus avós, me bateu um vazio cheio de nada. Lembrei do meu tio preferido que não está presente, em presença, mas vive em mim, de algum modo. Lembrei das noites, das idas e vindas do colegial, das fugidas da escola para comer cachorro-quente. Lembrei da primeira vez que vi o amor da minha vida e de como me senti bem, me lembrei das declarações declaradas que ele declarava pra mim, sinto falta. Lembrei do pudim da tia que não está mais conosco, da piada do tio que eu nunca mais vi. Então cheguei a conclusão: o tempo é cruel! O tempo apaga as lembranças que deveriam ser lembradas todos os dias. O tempo consome todo romantismo, acaba com qualquer ilusão. O tempo coroe a nossa alma. O tempo também cura qualquer ferida, estou cicatrizando...