quarta-feira, 5 de outubro de 2016
SOBRE SER
Sempre quis ser muito pra pouca gente. Sempre quis ser alguém que nunca fui. Me descobri, descoberta, passando um frio imenso que me fez amadurecer. Amadureci no frio, cresci no silêncio. Quando percebi me tornei quem era, quem sou. Passei por altos e baixos. Quando estava no topo notei que tenho pavor de altura, então resolvi humildemente descer e aprender à voar, no meu tempo. Tempo que eu sempre quis apressar, adiantando meu próprio relógio, parado no tempo. Me ajustei sem roupas justas. Resolvi deixar rolar. Rolou, conheci, casei e hoje me torno mãe. Eu, ansiosa, ansiosamente gero. Multiplicar-se não é tão fácil como imaginei. Enquanto escrevo essas linhas, sou tomada por pontapés nas costelas e repentina falta de ar. Prevejo que ela será escritora, assim como os pais. Qual o nome dela? É Isabela!
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