SIMPLICIDADE

Quando o assunto é romantismo o que vale é a simplicidade. Pelo menos pra mim. Há os que preferem a sofisticação, enfeites que acabam se transformando em articifialidades. Prefiro amor simples; aquele amor que faz com que tudo se transforme em uma grande possibilidade. O romantismo devoto, que transforma os dias chuvosos em dias ensolarados, mesmo quando há chuva. O romantismo da presença, mesmo durante a ausência; da capacidade de dar, sem precisar receber; de olhar e ver; de estar e ser. A simplicidade como inicio, meio e fim. A simplicidade de saber ouvir e escutar; a simplicidade do dizer mesmo que não seja um soneto de amor. Mas dizer verdadeiramente o que sente e sentir... Simplicidade decorrente das novas descobertas. Dos passeios no fim de tarde de domingo, sem nenhum destino especifico, mas que nos leva a lugares magníficos. As infinitas conversas noturnas, sem contexto, testemunhadas apenas pelas estrelas, mas que expressam com profundidade o sentido da vida em comum. A simplicidade da vida cotidiana que transforma a nossa história em prosa, verso e poesia. Simplicidade daquele que sabe se entregar pra vida sem medo.
Quanto à preferências prefiro flores comuns, beijos a qualquer hora, bilhetes escritos em guardanapos de papel, após longas conversas, um belisco e outro. Prefiro os abraços apertados durante a caminhada, aqueles que ainda nos surpreendem, e jamais perdem seu valor, mesmo depois de muito tempo. Prefiro dias sem planos, conversas sem contexto, risadas sem piadas. Finais de semana sem hora nem data. Prefiro a simplicidade das coisas, diante da complexidade da vida. Prefiro olhar e saber quem vejo diante dos meus olhos, mesmo que aos olhos dos outros nada signifique, mas que seja tudo que desejo para mim e tenha um grande significado na minha doce e simples vida.