quarta-feira, 20 de março de 2013
GUARDA-SONHOS!
A chuva cai lá fora, está chovendo há dias. A alma molhada espera o sol para secar toda lágrima de cai do olhar triste da criança abandonada. O café reesquenta na cafeteira, o corpo fraco pede por descanso, a mente anciosa suplíca por algo novo. O telefone toca, na verdade o telefone nunca para de tocar. Na rua, as pessoas andam com seus guarda-chuvas recheados de sonhos e vontades. Alguns se protegem com medo de se arricar, outros desarmam os preconceitos e se entregam, se deixam sonhar. A vida é uma caixinha de surpresa, a caixa é lacrada mas o destino é certo. No rádio toca música sem letra, na letra toca música sem sentido, no coração de alguns nada toca. A goteira pinga no chão, o chão encharcado fica, o pano seco, seca. Eu vou sem guarda-chuva, deixa que molhe, deixa molhar! A vida é feita de sentidos, então me deixe sonhar!