Não concordo em muitos dos teus ideais. Bato o pé, deixo em alto e bom tom o quanto acho tua opinião inaceitável, pra mim. Tento digerir qual a verdadeira razão, penso, discuto, não aceito, mas me calo. Dou minha opinião ríspida e grosseira sobre o assunto, continuo não concordando, mas esqueço.
Estamos casados, somos um só. Escolhemos.
Encontrei meu amor na internet, fui lida, sentida com minhas palavras bobas, entendida pelo sonhador. Reescrevendo minha vida, traçando o que já havia sido traçado de alguma maneira. A internet nos uniu e pode nos destruir em questão de segundos. Afinal, estamos sendo visualizados constantemente, onde nossa face é farsa, com frases copiadas e coladas de um Google qualquer. Todos somos lindos e poderosos, em um instante, aonde captamos nossos sentimentos, que acreditem: não podem ser capturados. Podemos ser quem quisermos, morarmos da Dinamarca à linha horizontal do horizonte. Seguimos qualquer segmento que nos faça bem: capitalistas, comunistas ou apenas "modinhas". Nos definimos sem perceber que não há definição alguma que defina quem somos. Somos tolos ao achar que estamos rodeados de amigos, somos todos sanguessugas, destruindo lares felizes. Lares em que não existe conversa, só o som do teclado. Filhos não conversam com seus pais, não mostram o dever de casa. Maridos preferem ficar em "grupinhos" de whatsapp, do que dar atenção à mulher dedicada que chegou do trabalho, deu banho no neném, fez um jantar especial e ele nem notou. Mulheres preferem fofocar ao invés de fazer amor, sexo, rapidinha, ou como quiserem chamar, acreditam? Somos superficiais, cada vez mais isolados e eu? Eu seria uma hipócrita, em não confessar que perco meus batimentos cardíacos, aqui com vocês.
Neste momentos tenho 662 amigos e não estou com nenhum e você?