domingo, 6 de março de 2011
FALAR ATÉ CANSAR!
Alguns casais discutem porque um dos parceiros não quer discutir a relação. Acho sempre válido acertar os ponteiros, dizer o que incomoda e tentar conciliar as coisas, pois as conversas também constróem o amor. Afinal, um namoro, um relacionamento (não citarei rolos, porque rolo é um envolvimento que não vale a pena com alguém enrolado e que vai fazer VOCÊ rolar ladeira abaixo, então, corra!), reúne duas pessoas com vidas independentes e que agora irão compartilhar suas existência e tentar desafiar a lei de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Nesse processo, é mais do que natural que surjam conflitos, da toalha jogada em cima da cama, à mania irritante de não querer dividir a comida com você. As pessoas nos tratam como nós permitimos, então, você precisa sim berrar que morre de ódio quando ele não responde ao seu e-mail, quando ela desliga o celular sem dizer tchau, é o primeiro a te soltar no abraço, dorme no ônibus com você falando, esquece o seu aniversário ou não explica por que não foi à festa mais importante do ano com você. Tem detalhes que dá para passar por cima, você pode por exemplo fingir que não viu que ele não sabe combinar as fitas no pulso com as camisas, mas não dá para ignorar os olhos saltando pra cima da primeira pessoa atraente que passa na reta! É necessário sim discutir a relação, para evitar que o outro o magoe, para dizer que aquele chiclete que ele te deu foi o ato mais fofo do dia ou simplesmente telefonar para ouvir a voz de quem você ama. Agora, o mais importante não é discutir é viver a relação, aceitar que ela nunca será perfeita e não perder tempo com o que não tem solução. Acha que é fácil te aturar? Acha que é fácil amar? Não é! Mas também avalie a quantas andas sua relação: se você passa mais tempo discutindo a relação do que tudo, está apenas conversando sobre o que não mais existe. Há três anos uma professora me disse na aula "quando um casal precisa discutir a relação muitas vezes por dia, é porque a relação já se tornou discutível". Aprovado, mestra!