quinta-feira, 20 de março de 2014
NORTE-SUL 200
Sempre há um sorriso sincero no rosto do camarada sofrido, com as rugas amarguradas de um "não" azedo recebido no fim da noite no sinal vermelho de um sinaleiro sinalizado qualquer, pra qualquer um. Eu observo da minha janela enquadrada, sentindo a negação negada com um sorriso simples, simples ato de sorrir. Observo as pessoas que me observam, tantos olhares cheios de esteriótipos, corações gelados. Pego na mochila um foda-se e dou uma bela golada na sociedade. Estou no terminal, minha mente não entende o porquê da menina de laranja, me medir igual criança. Não vejo a hora da chegada, aconchegante de um "te amo" antes de pegar no sono, pregando as estrelas do céu na minha parede. Olho pela minha janela, porque as pessoas não sorriem se ainda é de graça? Fim da linha, cheguei no ponto. Estou no ponto. Ponto final