Às vezes fico me questionando, enquanto estou no ônibus
vindo trabalhar, fico olhando pela janela, pensamentos vem e vão, afinal de
contas o que pensam aqueles que se rotulam como “direita” brasileira?
São tantos, estão em tantos locais, porém se reproduzem na
internet. Sim, isto é fato!
São vazios em informação, mas são craques em compartilhar.
Aliás, eles em minha opinião são bem parecidos com os papagaios, porém não são
fofos. rs
Hoje de manhã como de costume abri meu café matinal: Carta
Capital. Dei uma leve olhada nas matérias, porém uma me chamou à atenção, está
ali, escancarada: “A direita abraça a rede”, eis que surge o motivo do meu
texto. Antes da leitura inicial, faço uma pequena reflexão. Engulo
o texto, sim, tive que engolir, porque até me deu um nó na garganta ao ler tais
afirmações que o jovem André citou. Triste.
Porém nós dois temos a mesma opinião (oh, uma em comum),
tanto ele quanto eu, acreditamos que muitos que se consideravam “analfabetos
políticos”, sofreram de um despertar. E eu acho isto ótimo, pois quanto mais as
pessoas buscarem conhecimento, mais criticas ficarão. Sim, eu vou repetir para
deixar bem claro: Quanto mais buscarem conhecimento! Não que eu seja a dona da
verdade, estou longe disto, era “analfabeta política” a pouco tempo atrás.
Quando comecei a buscar o conhecimento, fiquei com muitas dúvidas, afinal, a
verdade absoluta que eu sempre acreditei, pasmem: sempre foi mentira!
Não é de hoje, nem de ontem, que o Brasil, mas não somente
ele, todo o mundo, é dividido em classes sociais. Existem basicamente três
classes sociais: Baixa, Média e Alta, ou como queiram chamar: A, B, C, D e E.
Caso você, caro leitor, não consiga se situar, nós brasileiros em maioria
estamos na classe Baixa ou Média. Sendo assim podemos nos titular como: classe
trabalhadora. A classe que move o Brasil, que move o mundo. A classe que não
sabe o poder que têm nas mãos e é exatamente por medo deste poder que a classe
Alta, nos reprime! Faz com que muito de nós acredite que faz parte da sua
classe, do seu prestigio. Induz-nos ao erro, erro este que irei citar um por
um. Muitos dos meus colegas acreditam que não fazem parte da classe explorada,
me criticam, me ofendem, mas pare e pense: Ficam contando as migalhas, para
comprar roupas, para ir às raves, para ter a falsa ilusão que “fazem parte”,
para ter status, para se sentir “incluso”. Eu não julgo as baladas, nem julgo
meus colegas, estão sendo influenciados, por um sistema, que diz que é o certo a
fazer. E o fazem. Se sentem incluídos, começam a pensar, falar e
agir da maneira que o grupo determina. Eis o ponto: Estão sendo manipulados, inconscientemente.
Tornam-se favoráveis à redução da Maioridade penal, mas se esquecem de que cresceram
nas favelas ou nos bairros como eu, locais sem estrutura, com educação longe da
fundamental, sem lazer. Sem estrutura familiar, pois tanto a mãe quanto o pai,
têm que trabalhar em escalas doidas, para poder dar o sustento. Eu nunca passei
fome, mas me faltou o alimento essencial: Educação digna! Muitos de meus
colegas de escola, nunca se formaram, tiveram que abandonar o estudo para
trabalhar, pra pôr o pão dentro de casa. Muitos viram no crime, muitos nas
drogas a opção para obter sustento.
Jovens inconsequentes? Não, jovens sem oportunidade, sem “experiência”,
porta na cara.
O ódio com os que se rotulam como “direita” enxergam o mundo
é incrível, e vou lhe contar um segredo: as vezes me dá medo! São diversos os
ataques ao governo, o qual eles mesmos elegeram, sem falar das asneiras que eu
escuto: “O PT está tentando transformar o país em uma ditadura comunista”,
“Comunistas comem criancinhas”. Eis que surge uma gargalhada. Dou risada quando
escuto isto. Será que eles acreditam em fada do dente? Nem tudo que está na
internet é verdade, vamos ter bom senso pessoal! Mas o pior ainda está por vir,
pois quando você tenta argumentar, colocar sua opinião, você é tachado como arrogante,
o sabe-tudo. Só porque você cita a
história e os fatos. Engraçado né? Para eles existem dois lados da moeda, o que eles julgam certo, e o outro? Não importa para eles!
Continuo na busca para a minha definição do que
pensam os direitistas: cri cri cri.