terça-feira, 31 de maio de 2011
EFEITO PING-PONG
Quisera todas as noites fossem brandas e calmas e todas as mãos fossem macias, todas as almas. Quisera não amanhecer todas as segundas-feiras. Dar um salto. Segunda o sujeito chega em casa cansado da falsa liberdade do fim de semana. Assiste as notícias do sábado, os gols do domingo. Até mesmo o apresentador do telejornal está meio lento, arrastado, frouxo. Toma um banho, assiste seu seriado, come um pão com leite e biscoito Maria, fecha as janelas, confere a porta da frente.
(continua)
sexta-feira, 27 de maio de 2011
SER COMO CACHORRO
Se um cão fosse seu professor. Você aprenderia coisas assim:
Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro. Nunca perca uma oportunidade de ir passear de carro. Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto. Mostre aos outros que estão invadindo o seu território. Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar. Corra, pule e brinque todos os dias. Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem. Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.
Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore. Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo. Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado... volte e faça as pazes novamente. Aproveite o prazer de uma longa caminhada. Se alimente com gosto e entusiasmo. Coma só o suficiente. Seja leal. Nunca pretenda ser o que você não é. Se você quer se deitar embaixo da terra, cave fundo até conseguir. E o mais importante de tudo... Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar. A amizade verdadeira não aceita imitações!
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Eu e Você
A delícia ao sentir beijar seus lábios. Alegria ao ver sorrir seus olhos e sorrir. Sentir o riso mais cândido e descansar a pele sobre a sua.A sensação indivisível do presente com futuro. Quando contemplávamos a estrela vigilante. Sentir seu abraço quente e desejar que parassem o caminhar das horas e o Tempo. Ver-te ir embora, levado pelo vento e o pôr-do-sol. Ao demonstrar meu afeto cantando pela rua. Descer ao ponto da despedida meu coração de criança só. Solitário. O meu junto ao seu, se tornando o nosso mundo.
terça-feira, 24 de maio de 2011
VAMOS DEIXAR DISSO?
Não tente me provocar, a sua raiva não me aborrece, só me preocupa, porque a raiva vai adoecer você. Não procure me ofender, eu cresci o bastante pra não ter mais dúvida sobre mim mesma. Não me chame pra briga, que eu não vou atender. O meu tempo é precioso e nele não cabem desavenças. Se você não gosta de mim e quer brigar, eu entendo, mas não conte comigo. Se você gosta de mim e quer brigar, eu não entendo, mas aceito. Só presta atenção pra não me magoar. Isso, sim, me entristece. Vamos deixar disso, então. Já briguei muito, já magoei, já ofendi. Mas não fiquei nem um pouquinho melhor com isso. Venho me curando da vontade de brigar, desde que aprendi a calar. Então, se você gritar, só vai escutar o meu silêncio. Se seguir ofendendo, eu me retiro. Se insistir na raiva, que pena. Só você vai sofrer. Ok, pode dar a última palavra, ganhe a disputa! Eu não me importo de ceder a vez. Eu escolho viver em paz.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
SEGUNDA VIDA
Muita gente perde muito tempo, se perdendo em nada, por nada.
Hei cara, o que está acontecendo? Você parece que não me conhece. Você acha que me conhece? Sei que nenhum sofrimento do passado justifica coisas que fazemos agora. O que você pensa que eu sou? Existe uma lacuna entre o que existe e tudo que você gasta sem saber que o Espaço muda as pedras, as águas mudam imagem em movimento. Percebe? Há uma distancia entre você e a realidade. A realidade é retornável? A realidade é um conceito relativo. Em cada espaço que você não conhece há uma realidade. Quando nos perguntamos o que é normal. Isso é uma afirmativa? Você não sente, não vê? Porque fechas os olhos assim? Você tem um nome, você tem uma história que hoje não me importa saber. Eu troquei as vértices. Rasguei a máscara que trazes na face e as que vês. E as pessoas me vêm. E como eu posso ser invisível pra você? É importante que tenha a resistência do ferro, mas que seja de suave e leve como a pluma. Então vamos caminhar juntos pelas ruas cultivando as estrelas. Muda a perspectiva. Muda a estrutura. Há um ponto de fuga. E você está preparado para enfim enxergar?
BELO DIA
Aparecendo de vez em quando olhar para o céu,
respirando o ar.
Não se preocupar em saber porque. Fico feliz em falar com você. Não sei se vou ter a oportunidade novamente. O planeta em que vivemos foi cortado em dois. Um lado de mim, um de você. Fique bem consigo mesmo. Deixa fluírem as águas do rio Vida. Deixa que se vá com ela. Admira de longe, assim como quem observa a Lua. É só um detalhe. Admira a impermanência de todas as coisas materiais. Somos eternos. Hoje eu descobri que o solitário escreve sobre a solidão, o confuso escreve confusamente, o apaixonado escreve sobre o amor. A felicidade é tão simples que as pessoas teimam em não querer alcançá-la. Sobre a felicidade, Carlos Drummond de Andrade escreveu:
respirando o ar.
Não se preocupar em saber porque. Fico feliz em falar com você. Não sei se vou ter a oportunidade novamente. O planeta em que vivemos foi cortado em dois. Um lado de mim, um de você. Fique bem consigo mesmo. Deixa fluírem as águas do rio Vida. Deixa que se vá com ela. Admira de longe, assim como quem observa a Lua. É só um detalhe. Admira a impermanência de todas as coisas materiais. Somos eternos. Hoje eu descobri que o solitário escreve sobre a solidão, o confuso escreve confusamente, o apaixonado escreve sobre o amor. A felicidade é tão simples que as pessoas teimam em não querer alcançá-la. Sobre a felicidade, Carlos Drummond de Andrade escreveu:
"Sobre mesa simples objetos
O amor, os filhos, os netos."
O amor, os filhos, os netos."
As flores hoje, são pra mim
Existe apenas um jeito de subir. Mantidas as rotas de fuga, tenho que ir. Seguindo e crescendo de um exercício diário de paciência. Todos e todo mundo. Assim seguimos fazendo a revolução em nossas vidas e admitindo que um dia, apenas um dia... , faremos o que for necessário por um instante de glória, pouca que seja. E por merecimento ficaremos na mesa depois e depois da sobremesa. Sinto informar, mas andamos pelas laterais. Tenho que ir... descontente da própria urgência. Sigamos!
terça-feira, 17 de maio de 2011
SUCESSO
Não existe fórmula única para o sucesso, pois há diversos caminhos para se chegar lá. Você já deve ter ouvido isso diversas vezes, mas sempre vale a pena lembrar: há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam. Se você desistir, restará sempre a dúvida do "se". Nem sempre é possível conseguir da primeira vez, e isso não representa motivos para a desistência pura e simples. Só erra quem tenta e a melhor forma de aprendizado é por meio da análise e entendimento dos próprios erros. Aprendemos muito mais com os erros do que com os acertos, mesmo porque sempre quando acertamos tocamos em frente e não damos conta do caminho que utilizamos para conseguir acertar. Lembre-se de que quem bate esquece, quem apanha não esquece jamais, e vai sempre se lembrar do tombo ou da surra que levou e, principalmente, recordar-se-á da forma, dos atores e demais condicionantes do cenário em que o erro aconteceu.Os alpinistas quando escalam uma montanha, os exploradores quando entram em uma caverna e os navegantes de mares abertos sempre registram o caminho trilhado para saber o que terão de fazer na viagem de retorno, ou para empreenderem uma nova viagem. Boa sorte na conquista da NOSSA liberdade!
terça-feira, 10 de maio de 2011
COISA RARA
Pessoas dedicam a vida ao trabalho. O trabalho e ao conhecimento. Algumas pessoas trabalham com pessoas, com as tripas de pessoas, costurando, operando, manipulando a ciência humana com as mãos... Outras desenham, pintam, compõem, dançam, criam. Há os que trabalham nas indústrias, no chão das fábricas e nos gabinetes. Claro, os gabinetes, as leis dos homens, os homens. Onde não há homens não há justiça. Essa é uma percepção da razão. A luz da lua, silenciosa e clara, coisa rara. Há tempos dedico-me a essa excrescência ornamental. Feche os olhos, apenas feche os olhos.
domingo, 8 de maio de 2011
UM PÉ DE TÊNIS VELHO
Junto às estrelas, os ventos da noite são ventos de mudança. Minha letra ficou mais bonita, meus traços estão mais firmes. Um pé de tênis velho traçando os mesmos velhos lugares. A sorte me pegou nessa vida. A busca da verdade ainda divide opiniões. Não há cascos de navio boiando na superfície do mar, não há evidências de naufrágio. Pelo contrário, cada minuto de remição parece uma eternidade de paz. Creio que é assim que se provome uma mudança. Jogando fora tudo aquilo que não serve mais pra nada. Livrando-se do exesso de coisas. Meus pés de tênis ficaram velhos. Abeirando a noite adentro e mais escura, se avizinha também meu sono precoce a sonhar com as novas projeções. Minha mãe me disse que sou cigana. O quarto está cheio de mim, cheio de planos, cheio de quadros, cheio de sonhos e realidades.
Por serem pais, quando ainda precisam ser filhos
Querida mãe,
Sei que o calendário marca hoje o dia certo para as mães, porém seu dia é todo dia, o dia todo. Esse é o momento propício pra quem escreve, pra quem acredita em inspiração. Ainda preciso aprender muita coisa com a vida. Com os novos tempos que estão chegando, meu ciclo de vida onde nada é natural e tudo é cultural, a realidade que se impõe diante dos meus olhos... A aventura da modernidade, Deus, alma, mundo... Mas bem, queria dizer nessa cartinha que, em todas as áreas do conhecimento, você acrescentou muita coisa com a sua sabedoria. Ensinou-me valores morais, valores familiares, e principalmente a maior de todas as virtudes, a caridade. Te amo mãe... Um amor de quem é e sempre será eternamente grata pelos seus cuidados e jamais deixará de te amar. Aliás, quero desejar um feliz dia dos pais a todas as mães. Porque elas são mães e são pais. Elas nos carregam alguns bons meses na barriga e já se tornam mãe antes de nascermos. Os pais tem que esperar a gente sair da barriga para começar a conceber o que é ser pai e ainda assim muitas vezes não conseguem. Mãe é mãe, mãe é pai. Pai é pai. O coletivo pais inclui as mães e os pais, mas o coletivo mães não inclui os pais. Talvez porque toda mãe sabe ser pai, mas nem todo pai sabe ou pode ser mãe. Feliz dia das mães.
sábado, 7 de maio de 2011
SEMELHANTES DIFERENÇAS DESUNEM CORAÇÕES
Acredito que o mundo se tornou um tanto superficial, os olhares hoje são outros e os rótulos são variados. Como habitar esse hábito? Como viver? Uma questão que tento desvendar todos os dias. Deixo o ponto de interrogação na sua mente, na minha mente. Falar de igualdade racial, social, sexual, seja lá qual fôr é facil, mas pense bem, você pratica? A hipocrisia está dominando o mundo minha gente, abra os olhos ou melhor abra a mente. Não somos uma mercadoria qualquer em uma prateleira do supermercado para receber um rótulo barato. Somos brancos, negros, pardos, índios, altos ou baixos, acima de tudo somos gente. E eu sou crente que um dia poderemos viver igualmente, sem nenhum olhar torno, nem fala baixa. Em um mundo não haja discriminação, divisão, definição de diferenças fúteis. Afinal, não deixe que te coloquem rótulos, mude sempre as etiquetas.
terça-feira, 3 de maio de 2011
PALAVRA AO TEMPO - PARTE III
um compromisso com o acaso
Alguns chamam de sorte. Os freudianos chamam de sincronicidade, de sincronia, ou sincronismo, tem a ver com tempo. Cronos engole seus próprios filhos, a poeticidade na interpretação da cronologia, essa fome sinistra. Outros chamam de coincidência, enfim, existem vários nomes para o acaso – fado, destino, sina, ventura, sincronia, simultaneidade, concomitância. Pode escolher. Esse último, o acaso, segue um movimento caótico, acidental, quase mórbido, de suspense, batimentos cardíacos, adrenalina, alívio. Transcendental, percebe? Um movimento não retilíneo e não constante em velocidade. Só não se pode mesurar, medir, criar, inventar ou fabricar um conceito novo capaz de explicar os porquês etimológicos da natureza humana e quantificar e qualificar e tudo aquilo que foge da natureza simplesmente humana, demasiadamente humana, a imaginação, abstração. Roubaram-me uma crença, quando eu era criança. Como roubam-te cá e lá ao longo da vida.
Alguns chamam de sorte. Os freudianos chamam de sincronicidade, de sincronia, ou sincronismo, tem a ver com tempo. Cronos engole seus próprios filhos, a poeticidade na interpretação da cronologia, essa fome sinistra. Outros chamam de coincidência, enfim, existem vários nomes para o acaso – fado, destino, sina, ventura, sincronia, simultaneidade, concomitância. Pode escolher. Esse último, o acaso, segue um movimento caótico, acidental, quase mórbido, de suspense, batimentos cardíacos, adrenalina, alívio. Transcendental, percebe? Um movimento não retilíneo e não constante em velocidade. Só não se pode mesurar, medir, criar, inventar ou fabricar um conceito novo capaz de explicar os porquês etimológicos da natureza humana e quantificar e qualificar e tudo aquilo que foge da natureza simplesmente humana, demasiadamente humana, a imaginação, abstração. Roubaram-me uma crença, quando eu era criança. Como roubam-te cá e lá ao longo da vida.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
VIDA PROVISÓRIA
Há momentos em que a vida não parece ser vivida. Nos sentimos passando pelos dias, ultrapassando as horas, chegando ao fim de mais um dia, mas sem saber por que e para quê. Já se sentiu assim? Eu já! Sonhos se tornaram reais, tudo aconteceu, mas sinto que nada mudou, ou tudo mudou e não sei lidar com isso. A vida parece provisória, indefinida, transitória. Talvez por que a gente sonha e se esquece que um dia será preciso acordar dos sonhos e nem sempre eles acordam junto com a gente. Que pena... Ganhei pontos, venci inimigos, peguei vidas extras, mas não sei como tudo irá terminar. É duro não sentir certeza - por mais que eu adore os benefícios das dúvidas - não sentir firmeza nos passos que se dá, nem no chão por onde se pisa, é difícil. Desconheço os caminhos por onde passo, não reconheço alguns companheiros de estrada, sinto falta dos que seguiram por outros rumos, mas continuo caminhando, esperando o momento em que tudo se esclareça e eu tenha certeza de como serão os dias daqui para a frente. O indefinido assusta, o incerto amedronta. Nunca é fácil lidar com as mudanças e como as coisas mudam, como eu mudei! Mudei e talvez por isso sinto a vida como provisória, acho que, na verdade, percebi, finalmente, que a vida é provisória, pois ter certeza demais, saber como tudo será não tem graça, não é mesmo? Há uma explicação para todas essas sensações: vida adulta! Crescer não é fácil, é o mais difícil processo, principalmente porque você só percebe que está crescendo quando já cresceu e até entender isso, as coisas complicam bastante... Tem hora que dá vontade de acelerar o calendário e imaginar como estarei daqui três, seis meses, um ano! Mas de que adiantaria? A vida só vale a pena quando é vivida, sentida, então se há dúvidas é porque sinto, porque vivo. Tem quem diz que a "única certeza da vida é que vamos morrer", lamento por serem tão pessimistas assim. Inventei outra crença para eu me agarrar: A ÚNICA CERTEZA DA VIDA É QUE VOCÊ TERÁ QUE VIVÊ-LA! ENTÃO, FAÇO-O DA MELHOR FORMA! O medo é o que nos move, nos motiva. Um dia uma amiga me ensinou que sempre superamos o que achávamos ser nosso maior medo: "um dia você já teve medo do escuro, não é?". Tive sim, eu já tive medo do escuro, hoje ele não me assusta mais. Assim será com todos os medos, eles vão passar. Vida, vida, provisória, pós-adolescente, pré-adulta. Vida, vida, provisória, se aloje, se aquiete, me conforte! Quando tudo acontece e nada muda, você é que mudou e tudo ainda vai acontecer!
domingo, 1 de maio de 2011
PALAVRA AO TEMPO - PARTE II
Hoje não houve entardecer. A noite caiu simplesmente, mas a lua ainda brilha no céu. Foram longos os entardeceres que passei diante dessa janela, pensando na vida, na sua vinda. Vejo que estou a poucos metros e alguns quilômetros de alcançar a chegada do tempo. Estou me observando a cada instante. Na prateleira onde coloquei as lembranças. Nas frases clichê da vida. Estou me vendo, me policiando. Mas não da palavra! A palavra fura e rasga. A palavra empunhada, apunhalada, punhaladas. Nada permanece. Quando bela, quando triste. O sol logo amanhece. Porém só um dia, o porquê se levanta. A gente entende, sorri e anda.
PALAVRA AO TEMPO - PARTE I
Estou sentada numa pedra no alto de um rochedo observando as gaivotas. Ouço barulho do vento contra a falésia. O pio das gaivotas, quando encontra o eco, se perde no ar. Sob o ordeiro ar da brisa suave onda desliza em nosso calmo remanso. Meus olhos deslizam sobre o mar. Desço descalça, quero conhecer o caminho das pedras. Na beira da praia minhas pegadas fazem o caminho. Tenho mais ou menos uns dezoito anos. Sei, por intuição, que sou uma das mais velhas da minha turma. Nossa praia não tem onda. Já se passaram séculos e eu ali... No alto do rochedo, pensava na solidão de todas as vidas. Vejo os homens e mulheres e até as crianças ajudando a juntar pedra para um funeral. Olhares recaiam sobre mim. Todos fizeram as suas orações. Pedi aos homens não deixarem suas mulheres chorarem, que já tudo havia terminado, que se fez o ciclo. Pois no fundo mora nossa própria fragilidade exposta num corpo sem vida. Lembro de dar meu dedo mindinho da mão a uma criança pequena que me acompanhava. As mulheres e os homens então prendiam o choro. Sentíamos a grande a perda fazer-se um vazio em nossos corpos. Como uma cabeça sem cérebro, um cérebro morto. E era isso que nos coordenava que havia morrido. De madrugada sinto minha respiração plena e calma. O perfume das floras aromáticas muito macias, camada sobre camada, sobre as quais dormia. Caíram sobre nós aquelas gotículas de energia que brilha. E caíam essas gotinhas refletidas pela luz das estrelas e da lua. Caíam sobre nós e nem víamos. Eu podia ver como se estivesse no céu. E eu estava,e eu estou.
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