segunda-feira, 21 de novembro de 2016

ESPERAR!

As vezes a vida dá uma acelerada e você é impulsionada a seguir o ritmo e simplesmente esquece de apreciar a paisagem. Você só quer chegar no jardim encantado, mas acaba não colhendo as flores que sempre sonhou em cultivar no caminho, quando se dá conta aquelas margaridas e os jasmins que você desejou, plantou e regou com todo cuidado já não estão mais aos alcance das suas mãos. Chega o arrependimento, cobrando a parcela. Você só se dá conta, quando não dá mais conta. Eu sempre sonhei com o momento em que vivo, sempre me imaginei gerando outra vida, apreciando e degustando cada segundo. Mastiguei, me maltratei, tornei cansativo algo que sempre almejei, covarde! Houve tanta pressão e cobrança própria que acabei esquecendo de saborear o gosto doce de gerar, digo no passado, pois tive um estalo e acordei. Sim, com uma chuveirada quente nas costas, entre dores, eu percebi que preciso aproveitar cada pétala que ainda posso colher e farei isto, já estou fazendo. Afinal a vida é Bela todos os dias, mas minha Isabela só nascerá uma unica vez.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

SOBRE SER

Sempre quis ser muito pra pouca gente. Sempre quis ser alguém que nunca fui. Me descobri, descoberta, passando um frio imenso que me fez amadurecer. Amadureci no frio, cresci no silêncio. Quando percebi me tornei quem era, quem sou. Passei por altos e baixos. Quando estava no topo notei que tenho pavor de altura, então resolvi humildemente descer e aprender à voar, no meu tempo. Tempo que eu sempre quis apressar, adiantando meu próprio relógio, parado no tempo. Me ajustei sem roupas justas. Resolvi deixar rolar. Rolou, conheci, casei e hoje me torno mãe. Eu, ansiosa, ansiosamente gero. Multiplicar-se não é tão fácil como imaginei. Enquanto escrevo essas linhas, sou tomada por pontapés nas costelas e repentina falta de ar. Prevejo que ela será escritora, assim como os pais. Qual o nome dela? É Isabela!

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Querida, leia ao som de Fix You - Coldplay.

Sempre escrevo aqui no blog, pois as chances de alguém do Facebook ler são bem menores, quase zero. Vou me dar as minhas próprias medidas. Ainda não sei ao certo como contar essa história. Conto por sinais que comunicam. Mas, além de mim, quem irá notar?
Hoje, uma segunda-feira qualquer, de um mês comum. Acordei pensando em você, sonhei com seus lindos olhos cor de mel, com sua boca rosada e seus cabelos quase inexistentes e eu que nunca vi seu rosto, fotografei em minha memória essa simples imaginação, imaginada. Sabe, esses últimos meses foram muito difíceis para mim e talvez eu tenha me esquecido o quanto a vida é Bela, do quanto vale a pena esperar por algo que já está em mim. E eu que não te conheço já quero dividir todas as minhas vivencias, vividas. Quero lhe confessar que esperei muito por essa espera, me senti impotente. Eu não conhecia minha própria força. 
Eu fiquei adiando esse texto por alguns meses, mas não adianta adiar esse contato com as letras. Sério, acreditei que não sabia mais escrever, fiquei por dias encarando o papel em branco, tentando dar o play. As palavras se coçam para sair. Elas são os pequenos pedaços de mim e sinto muito orgulho de ter me tornado um poesia quase completa. Então elas começam a se formar. As imagens e os sons fazem as letras dançar até nascer o texto. Quando eu percebi estava difícil parar de escrever, pois eu queria por mais e mais de mim, queria transmitir o melhor para que se um dia você venha a me ler, saiba o que eu era, o que fui e o que me tornei para você. O quanto eu tentei concertar os erros gramaticais para você não notar minha insegurança, para que você se sentisse parte de mim, como já é. Você me inspira, me faz sonhar acordada. Confesso que não sei terminar este texto, mas não tem problema, nossa história não termina aqui. 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

He

Ele diz que ela está errada, que jamais faria algo para lhe magoar. Ela guarda mágoa. Ele que tudo fala certo, não falou palavras pequenas, que tocam no coração dela. Ela fica chateada. Ele acredita que faz o suficiente, que diz eu te amo e pode ficar indiferente. Ela sente que o sentimento é diferente. Ela, ela... Vê do ponto dela. Ele, vê do ponto dele. Ponto final.

She

Ai ela começou a se irritar com coisas banais, sentiu aqueles sentimentos que não sentia a tempos, quis entender, não entendeu, fedeu. Depois, decidiu não se importar mais, falou coisas que não deveria, desejou, deixou um silêncio, silenciou. Ela acabou magoando quem não deveria, se apavorou mas ignorou. Deu uma pausa para um café com leite, biscoitos integrais, lembrou de todos os amores boçais. Ela sentiu saudades do passado recente que passou e não volta mais. Abriu um livro romântico, sentiu o vazio que enchia seu coração... PLOFT! O livro caiu entre as pernas, deixando entreabertas recordações que já haviam sido fechadas. Ela passou horas e minutos pensando em suas decisões, releu suas escritas, ela que sempre foi ela. A mulher que ela se tornou à assusta. Tomara que ela tenha coragem para se enfrentar em frente ao espelho e se enxergar com seus próprios olhos. Independente de dependências. Ela olhou no celular, percebeu que ela não liga. Ela desligou o troço, se desligou do mundo ao som do ventilador velho que tanto irrita...