segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

PARA ELE

Apaixonada pela escrita dele. Havia tanta tristeza em suas palavras que ela queria ser uma lágrima em seu rosto úmido e frio. Houve tanto medo de se apaixonar e se tornar um daqueles textos sem finais felizes. Existiu tanta poesia e um coração tão puro, que inspirou a vida e deu vontade de conhecer. Ela demorou para entregar sua alma para ele, mal sabia que à ele já pertencia. Ela não sabe de nada. Ele não sabe, mas ela a relê todos os dias, quase. Ciúmes dos textos antigos endereçados sem endereços, dos beijos gastos até encontrar sua boca, dos sentimentos sentido em vão. Passado, ele diz. Ela sente que erra todos os dias, concerta, mas inconsciente volta à errar. Culpa por não ter tido nunca algo verdadeiro e quando o têm custa a acreditar que seja boa o suficiente para isso. Ela erra, ela era.

DESmame

Desmame. Que papo de mãe mais chato, não é, apenas espere. O famoso desmame aconteceu tão rápido que eu nem percebi. E quem sofreu fui eu. Eu fui desmamada sem nenhum aviso prévio, não estava preparada para esse momento. Não sou hipócrita, eu estava planejando à tempos, mas eu achei que ela iria chorar e clamar pelo colinho da mamãe e não, eu que choro e corro atrás dela pedindo atenção. Ela é independente e tão dona de si, que me dá medo. Um misto de orgulho e insegurança, não sei explicar. Acho que caiu a ficha de que se esta criando o filho para o mundo e não pra si. Não sei ao certo porque estou escrevendo esse texto. Nada é planejado.